- Viu? A gente sofre miséria e é tudo curpa
do Adão. Ele tinha que ter comido justamente a fruta proibida? Com tanta arvore
para comer? –O patrão ficou quieto e seguiu suas tarefas. Passado um tempo ele diz:
-Juca to indo viajar e você sera
responsavel por toda a fazenda. Você está autorizado a mexer em tudo na
fazenda. Somente no meu escritório, tem uma caixinha em cima da mesa. Lá você
não está autorizado a abri-la.- Juca,
bom capataz obedeceu. Porém com a demora da vinda do patrão , ele comecou a
ficar mais curioso. Olhava a caixinha e pensava. O que tem lá dentro que eu não
posso ver? Um dia ele não aguentou a curiosidade e abriu a caixa. Para sua
surpresa havia um bilhete do patrão: “Juca, foi exatamente assim que Adão fez!”
Tanto no Adão, no Juca e na gente, o
elemento que mais alavanca a curiosidade é a proibicão. Proiba algo e veja se
não vai dar um frisson...
Não adianta, a
curiosidade está em nós. Isso é universal! Hoje ela se dissimula de muitas maneiras.
Informacão é dinheiro. Saber da vida dos outros é dinheiro. Quanta gente, nesse
exato momento, está ganhando a vida apenas alimentando a curiosidade dos
outros.
De um tempo para cá, em mim tem-se despertado
uma curiosidade diferente: conhecer a mim mesmo.

Outro aspecto da curiosidade é o
foco. O Adão e o Juca focaram exatamente no proibido mesmo havendo tantas outras coisas
para provar e descobrir no jardim e na fazenda.
Assim é com a gente. Somos curiosos. Está no
nosso sangue. O resultado vai diferir no foco que daremos: no proibido ou no
permitido? Cabe a cada um de nós tomar essa decisão diariamente. eiv.
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